A gente abre este texto dizendo ih, é fake news!
Porque já não é novidade para ninguém que elas estão presentes entre nós, se espalham na velocidade da luz e causam enormes prejuízos de várias formas. Dado ao volume, frequência e artimanhas utilizadas na divulgação das fake news, nós, os usuários da internet, temos, em maior ou menor grau, grande dificuldade de distinguir se uma informação é verdadeira ou falsa.
Se acrescentarmos a isso o fato de que estamos em um ano eleitoral extremamente acirrado, torna-se ainda mais importante estar atento ao que lemos, vemos e ouvimos nas redes sociais. Em razão disso, pesquisamos algumas dicas sobre como encarar a verdadeira enxurrada de informações falsas na internet. Siga o fio pra saber se, ih, é fake news!
Duvide, suspeite, desconfie!
No último Relatório de notícias digitais do Instituto Reuters da Universidade de Oxford, mais da metade dos entrevistados disse ter visto informações falsas ou enganosas sobre o coronavírus na semana anterior.
Mais de um quarto se lembrava de ter recebido fake news sobre celebridades. Os dados dessa e de outras pesquisas são sinais vermelhos para todo e qualquer usuário da internet: é preciso ter um grau saudável de desconfiança e não levar tudo ao pé da letra, com alerta máximo em temas que lidam com emoção, controvérsias, acusações, conspirações ou algo que pareça chocante ou espetacular demais.
Tem alguém por trás disso? Quem seria?
As fake news geralmente chegam aos usuários por meio de publicações em plataformas como Facebook, Twitter ou Instagram.
Portanto, dá um pulinho lá no perfil que publicou a mensagem e confere. Por vezes, isso revela muito sobre os interesses e convicções do autor. Talvez nem haja ninguém real por trás do perfil, mas sim um bot ou troll.
Outra forma de divulgar informações duvidosas é por meio dos serviços de mensagens, como WhatsApp, Telegram e Messenger. Nesses casos, você pode perguntar ao remetente de onde ele obteve as informações. Muitas vezes, a pessoa simplesmente a encaminhou sem questionar a veracidade ou a origem – o que não é um bom sinal.
Vem cá, será que é verdade o que está sendo alegado?
E agora chegamos ao conteúdo real de uma postagem, uma mensagem encaminhada ou qualquer outro texto que também deve ser examinado criticamente. Em outras palavras: o que é dito ou mostrado parece coerente e imaginável?
Resposta: pesquise. Se já existem referências concretas à origem da informação na notícia que pretende verificar, confira o que o original realmente diz.
Às vezes, as citações são encurtadas ou retiradas do contexto para dar-lhes um significado diferente. Existem também vários sites dedicados a esclarecer notícias falsas. Você pode até encontrar um artigo que já expõe a notícia como falsa. No Brasil, há seções desse tipo nos sites da Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Agência Lupa, G1 e outros.
Para você pesquisar quando quiser, colocamos aqui os endereços de cinco agências de checagem de notícias:
Por fim, um resumo de dicas bem práticas para o dia a dia das suas leituras na internet:
Avalie a fonte, o site, o autor do conteúdo: muitos sites publicadores de fake news têm nomes parecidos com endereços de sites de notícias.
Veja se outros conteúdos do site também são duvidosos.
Avalie a estrutura do texto: sites que divulgam fake news costumam apresentar erros de português, de formatação, letras em caixa alta e uso exagerado de pontuação.
Preste atenção na data da publicação.
Leia a notícia até o fim. Muitas vezes, o título e o subtítulo não condizem com o texto.
Pesquise em outros sites de conteúdo.
Veja se não se trata de site de piadas – quem nunca leu uma notícia do Sensacionalista e achou que era verdade?
Não compartilhe conteúdo por impulso. Faça a checagem antes. Você é responsável pelo que compartilha.
Curtiu esse texto? Quer saber mais sobre este e outros assuntos? Entre em contato pra gente ficar por dentro dos seus interesses, dúvidas e questionamentos.
Somos todos olhos e ouvidos para você. De verdade – sem ih, é fake news!