O ano de 2020 pareceu uma pegadinha. De muito mau gosto. Porém, também acabou gerando coisas boas. Todo mundo teve que parar, se cuidar mais e começar a se reinventar. Hábitos, prioridades, necessidades, gastos.
Todo mundo mesmo, sem exceções: pessoas, empresas, associações, grupos, clubes sociais e esportivos, instituições, ninguém ficou de fora. Mudanças que deveriam rolar lá na frente tornaram-se urgentes. Vejamos alguns dados que mostram o tamanho do baque e da transformação que está surgindo a partir disso.
Diz a IBM: seis em cada dez organizações impulsionaram a adoção de novas tecnologias e recursos inovadores para responder às demandas pós-Covid. O estudo envolveu 3800 empresas em 20 países e apontou o fator humano como crucial na condução dessas transformações.
Uma conclusão: a pandemia trouxe o que chamamos de princípio da escassez, que traz um senso de urgência muito maior para a tomada de decisão e no qual a sensibilidade dos profissionais envolvidos conta mais que sempre para entender e responder assertivamente às necessidades.”
Agora vejamos Nathalie Trutmann, especialista em tendências e head de crescimento do centro de inovação Cesar: as transformações bem-sucedidas deram mais protagonismo aos indivíduos, especialmente àqueles com maior capacidade de fazer conexão com seus pares e de solucionar problemas em conjunto. Ganharam, segundo ela, as empresas que souberam alavancar a inteligência coletiva de seus times.
Pesquisa global da McKinsey: a aceleração na digitalização dos canais de interação com clientes avançou sete anos. No cenário adverso, a rapidez não foi somente garantia de competitividade, mas uma condicionante para entrada de receita.
As marcas tiveram que redefinir estratégias para frear a queda de receita, preservar o fluxo de caixa e manter os empregos. Novos produtos, agora, menos. Inovação tecnológica para melhorar a experiência online com os clientes, muito mais. Dois pilares se tornaram essenciais: o comportamento do consumidor e a comunicação com os quatro mil franqueados.
Algumas tecnologias que estavam em teste foram colocadas em prática, como vendas por chat e também via Whatsapp. Portais foram reformulados. Os feedbacks e dados de acesso dos usuários ajudaram a chegar no protótipo da plataforma atual.
O mercado de TI: segundo o Linkedin, deve acontecer um aumento de quase 150 milhões de ofertas de empregos nos próximos 5 anos, ainda como reflexo da digitalização pós 2020. Os mais procurados são: consultores de negócios, engenheiros e arquitetos de software, desenvolvedores frontend e .Net. Quem tem mais chances: aqueles que aliam habilidades comportamentais com gestão de negócios, ciência de dados, comunicação, resolução de problemas, liderança e aprendizado online.
As incubadoras: proliferação de incubadoras para fomentar inovações é outro sinal de que o foco em tecnologia veio para ficar.
Toda essa transformação vai na direção de focar nos colaboradores, consumidores e nas necessidades da população. É uma verdadeira revolução digital a favor das pessoas. Vamos em frente que as oportunidades estão em nossas mãos.